Adquirir um imóvel de leilão. A resposta é simples, “por que não”? o mercado de leilões vem crescendo exponencialmente, checando a aumentar 93% entre 2010 e 2016.

Embora pareça difícil arrematar um imóvel de leilão, comprar esse tipo de patrimônio pode ser um excelente negócio. Em alguns casos, a economia chega a 70%. Todo o tempo gasto, custas judiciais, reformas, regularização de documentos, todos os riscos estão embutidos no valor, por isso os preços são tão abaixo do mercado. Contudo, mesmo que os valores sejam muito atrativos, alguns cuidados precisam ser tomados.

Cuidado com imóveis ocupados

Em sua maioria, os imóveis vão a leilão por inadimplência de algum tipo de dívida, seja ela do financiamento, de condomínio, fiscais, entre outras. Portanto, é muito provável que o patrimônio esteja ocupado, o que não impede que o agente credor envie o bem a leilão, porém, nesses casos, a posse precisa ser dada por um juiz.

Esse processo pode levar algum tempo e, sem a sentença favorável, o novo proprietário não pode solicitar o despejo de quem habita. Por isso, muitos imóveis arrematados em leilão ficam por um tempo em trâmite judicial até que a posse seja dada ao novo proprietário.

Além disso, podemos dizer que o arrematante incorre no risco de receber o bem depredado, pois, o antigo proprietário muitas vezes usa de má-fé ao entregá-lo por decisão judicial.

Atenção aos itens que podem encarecer a aquisição

Alguns pontos serão decisivos para o arremate e o valor do bem. Entenda os itens abaixo:

• matrícula do imóvel — podem existir gravames de penhora, pagamento em dação, dívidas trabalhistas, partilhas, aumento de capital para empresas, etc;
• dívidas de IPTU — se houver a dívida, ela pode ser tão alta que não compense a compra;
• dívidas de condomínio — se houver dívida ou o imóvel estiver indo a leilão em função disso, é importante saber os trâmites para pagamento;
• certidões do imóvel e dos antigos proprietários — tirar todas as certidões nas varas civil, criminal, esfera Federal, estadual, receita federal, entre outros;
• certidões ambientais — imóveis rurais, área de marinha, terrenos com áreas de APP e reserva legal podem ter ônus de passivo ambiental;
• imóveis rurais – necessitam de georreferenciamento e Certificado do Incra, caso contrário pode haver áreas sobrepostas com lindeiros.